10/01/2014

Ló cometeu incesto com suas filhas?

Em resposta ao comentário da postagem de ontem, sob titulo "A SALVAÇÃO DE LÓ E A PERDA DA SUA ESPOSA".
Um covarde anônimo comentou e aqui vai a resposta ao seu comentário!


A resposta a esta pergunta do título precisa ser obtida à luz do fundo histórico deste incidente e da sua relação com outros textos.
Ló e suas duas filhas foram as únicas pessoas a sobreviver à destruição de Sodoma e Gomorra. Depois desta destruição, começaram a residir na cidade de Zoar. Entretanto, por algum motivo, Ló tinha medo de continuar a morar ali, e, junto com as suas filhas, passou a residir numa caverna. (Gên. 19.30) A primogênita disse então à sua irmã mais moça: "Nosso pai já é velho e não há homem no país para ter relações conosco segundo o costume de toda a terra. Vem, demos de beber vinho a nosso pai e deitemo-nos com ele, e preservemos descendência a nosso pai." — Gên. 19.31, 32.
Procurarem embriagar seu pai sugere que se davam conta de que ele nunca teria consentido em ter relações sexuais com elas quando sóbrio. Mas, nas circunstâncias, achavam que era a única maneira de impedir a extinção da família de Ló. Eram estrangeiras na terra e não havia ninguém de seu parentesco com quem se pudessem casar e assim preservar a linhagem da família. Também precisa ser lembrado que as filhas de Ló haviam morado entre os habitantes moralmente degradados de Sodoma. Em vista destes fatores, não lhes teria sido difícil justificar seu proceder na sua própria mente. Então, por que aparece a narrativa nas Escrituras?
A narrativa não é apresentada na Bíblia para estimular pensamentos eróticos. Está ali para uma finalidade revelando a relação dos moabitas e dos amonitas com os descendentes de Abraão, que ficaram conhecidos como israelitas. Visto que Ló era sobrinho de Abraão, os israelitas estavam aparentados com os moabitas e os amonitas, que descendiam dos dois filhos gerados por Ló por meio de suas filhas. (Gên. 11.27) Mais tarde, esta relação carnal veio também a governar as ações de Israel nos tratos com os moabitas e os amonitas. Por exemplo, ao se apossarem da terra ao leste do rio Jordão, os israelitas, sob ordens divinas, tiveram cuidado de não invadir as terras dos amonitas e dos moabitas. — Deu. 2.9, 18, 19, 37.
Fica qualquer leitor sincero da Bíblia em dúvida quanto à conclusão que se deve tirar desta narrativa a respeito de Ló e suas filhas? Acha ele, talvez, que tal conduta seja aprovada por Deus?
É verdade que em Gênesis, capítulo 19, apresentam-se os fatos históricos sem qualquer comentário sobre a aprovação ou desaprovação por parte de Deus do duplo incesto de Ló, no estado de embriaguez. Mas, em partes posteriores do registro bíblico, especifica-se claramente, vez após vez, a condenação da embriaguez por parte de Deus. (Pro. 20.1; 23:20, 21, 29-35; 1 Cor. 6.9, 10) Do mesmo modo, na sua Lei dada a Israel, Deus esclareceu mais tarde sua proibição do incesto, dizendo: "Não vos deveis chegar, nenhum de vós, a qualquer parente carnal que lhe seja chegado, para descobrir a nudez. . . . Não deves descobrir a nudez de teu pai nem a nudez de tua mãe." (Lev. 18.6, 7) A penalidade pela violação da lei do incesto era a morte. (Lev. 18.29) Embora Ló e suas filhas não estivessem sob a Lei, apercebiam-se, não obstante, da impropriedade de terem relações com seu próprio pai, conforme mostra elas o terem embriagado.
Então, por que é Ló chamado "justo", em 2 Pedro 2.8? Não porque Deus aprovou ele embriagar-se, nem porque Deus aprovou o incesto. Deus não aprova tal conduta. Mas deve ser observado que o registro não diz nada para indicar que Ló era beberrão habitual, nem que se envolveu habitualmente em atos de incesto. Sua reputação era a de um homem "justo", e ele tinha esta reputação perante Deus, que examina o coração. Ló deplorava as ‘ações contra a lei’ das pessoas de Sodoma. E, evidentemente, para que o Examinador dos corações o considerasse como justo, Ló deve também ter lamentado a conduta errada em que ficou envolvido.
A inclusão da informação sobre Ló e suas filhas no registro bíblico deve realmente ajudar-nos a reconhecer que a Bíblia é um livro de verdade. Mesmo quando os conhecidos como servos de Deus ficaram envolvidos em atos impróprios, a Bíblia não os esconde. Entretanto, estas coisas são sempre narradas, não para divertir ou para estimular um desejo de se entregar à conduta imoral, mas para fornecer o fundo histórico para a compreensão de outros acontecimentos.

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